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Economia Taxa de Juros

Federal Reserve Reduz Juros pela Primeira Vez desde a Pandemia; Copom Segue Direção Oposta com Alta da Selic

Enquanto o Fed corta os juros nos EUA, o Banco Central brasileiro continua a aumentar a Selic para combater a inflação.

19/09/2024 07h50
Por: Helder Brito
Federal Reserve Reduz Juros pela Primeira Vez desde a Pandemia; Copom Segue Direção Oposta com Alta da Selic

O Federal Reserve anunciou recentemente a redução dos juros nos Estados Unidos pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19. Ao mesmo tempo, o Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano, refletindo estratégias opostas entre os dois países.

A decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir as taxas de juros nos Estados Unidos marca a primeira ação do tipo desde o início da pandemia de Covid-19. Esse movimento reflete a percepção de que a economia americana, embora ainda forte, precisa de um alívio monetário em resposta aos recentes sinais de desaceleração e à pressão por custos menores para empresas e consumidores. O corte nos juros visa estimular o consumo e o investimento, mantendo a inflação sob controle. A medida foi bem recebida por setores do mercado financeiro que já antecipavam essa flexibilização monetária.

Por outro lado, no Brasil, a política monetária segue um caminho distinto. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar novamente a taxa Selic, que agora está em 10,75% ao ano. Essa é uma tentativa de controlar a inflação, que vem apresentando resistência em cair dentro da meta estabelecida pelo governo. O aumento da Selic visa conter a demanda e desaquecer a economia, o que, em teoria, deve levar a uma desaceleração dos preços ao consumidor.

Razões por Trás das Ações do Fed e do Copom

Nos Estados Unidos, o Fed está lidando com uma inflação que, embora ainda presente, já mostra sinais de desaceleração em relação aos picos registrados no início de 2023. A redução dos juros busca equilibrar as pressões inflacionárias e os receios de uma recessão prolongada. Ao cortar a taxa, o banco central espera incentivar a recuperação econômica, permitindo que empresas tenham acesso mais barato ao crédito e consumidores possam gastar com menos impacto nos seus orçamentos.

Já no Brasil, o cenário é mais desafiador. A inflação continua elevada, com pressões significativas nos preços de alimentos, combustíveis e energia. O aumento dos juros tem como objetivo primário reduzir o consumo e evitar que a economia aqueça demais, o que poderia levar a um aumento contínuo nos preços. No entanto, a elevação da Selic também tem efeitos colaterais, como o encarecimento do crédito, o que pode prejudicar o crescimento econômico no curto prazo.

Impactos no Mercado

Decisão tomada de acordo com o momento atual de cada pais e suas necessidades.

As decisões de ambos os países têm reflexos diretos em seus respectivos mercados. Nos Estados Unidos, a redução dos juros tende a incentivar investimentos em ativos de risco, como ações, e melhorar o desempenho de setores dependentes de financiamento, como imobiliário e de consumo. Além disso, a decisão do Fed pode influenciar as moedas de países emergentes, como o real brasileiro, que pode se valorizar à medida que o diferencial de juros entre Brasil e EUA aumenta.

No Brasil, a alta da Selic tem um impacto direto nos custos de empréstimos e financiamentos, o que afeta empresas e consumidores. Setores como o varejo e a construção civil, altamente dependentes de crédito, tendem a sofrer com a redução da demanda. Por outro lado, a elevação dos juros pode atrair capital estrangeiro para investimentos em títulos públicos brasileiros, considerados mais seguros e lucrativos em um cenário de juros altos.

Expectativas Futuras

Enquanto o Fed sinaliza que pode continuar a reduzir as taxas de juros, caso a economia dos EUA demonstre necessidade de estímulo adicional, o Copom mantém uma postura cautelosa no Brasil, priorizando o combate à inflação. O mercado aguarda os próximos movimentos do Banco Central brasileiro, mas há uma expectativa de que novos aumentos na Selic possam ocorrer até que haja uma redução efetiva nos índices inflacionários.

Ambos os cenários, embora distintos, refletem a complexidade das decisões de política monetária em um mundo pós-pandemia, onde cada país enfrenta desafios específicos para equilibrar crescimento econômico e controle inflacionário.

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