Na recente edição do São Paulo Fashion Week N59, Lino Villaventura trouxe à passarela uma coleção que vai além das tendências, transformando-se em um verdadeiro manifesto artístico. Com uma abordagem que combina sensibilidade, artesanato e simbolismo, o estilista paraense reafirma a moda como uma forma de expressão cultural e política em tempos desafiadores.
Em um cenário saturado pelo fast fashion, Villaventura se destaca ao apresentar peças que celebram a fluidez e a intensidade das cores, além de explorar a força dos símbolos. Com quase 50 anos de carreira, ele continua sendo um dos estilistas mais aguardados do evento, consolidando sua posição como referência em inovação e emoção na moda.
O desfile de Lino não se limitou a ser uma simples apresentação; foi uma experiência sensorial que abordou questões contemporâneas como colapsos sociais e a capacidade de reconstrução através da criatividade. Sua estética apocalíptica trouxe à tona reflexões sobre a beleza que persiste mesmo em meio ao caos.
Logo no início do desfile, uma atmosfera distópica tomou conta da passarela. As primeiras peças revelaram camadas sobrepostas, recortes estratégicos e detalhes como fivelas e amarrações. O uso de balaclavas sugeriu um mundo pós-apocalíptico onde a beleza se mantém firme entre as ruínas. Lino habilmente equilibra o bruto e o delicado, criando uma narrativa visual poderosa que transforma o corpo em uma obra de arte, simultaneamente protegido e exposto.
Ao final do desfile, ficou claro que Lino Villaventura não apenas apresentou sua coleção; ele trouxe à tona um diálogo profundo sobre a moda como resistência criativa. Sua capacidade de transformar desafios em arte continua a encantar e inspirar todos os presentes.
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