Em um depoimento emocionado feito nesta terça-feira (8/4), Adriane reforça seu papel como uma ativista que oferece apoio gratuito a quem precisa, seja com acompanhamento em delegacias ou simplesmente um ombro amigo.
“Eu sou uma ativista em prol das mulheres. A mulher que precisa de um apoio, que precisa de um acompanhamento na delegacia, pode contar comigo, pode me procurar no Instagram. Não cobro absolutamente nada”,
afirma ela, deixando claro que seu trabalho é movido por solidariedade e propósito.
Nesse contexto, Adriane faz questão de enaltecer uma parceira fundamental em sua jornada: Cileide Moussallem, presidente da Virada Feminina no Amazonas, movimento que promove ações de empoderamento e apoio às mulheres. “A Cileide, uma querida da Virada Feminina, ela sabe desse projeto, ela ajuda muito em tudo quando eu preciso. Aqui eu deixo um grande abraço para a Cileide. Parabéns por esse teu trabalho que salva-vidas”, declara a advogada, reconhecendo o impacto transformador da amiga. Para Adriane, a colaboração com Cileide é um exemplo de como a união entre mulheres pode fazer a diferença na vida de quem enfrenta situações de violência e desamparo.
Caso
Adriane Magalhães assumiu a defesa de Kaline Milena, promotora de eventos brutalmente agredida pelo cantor Diego Damasceno na madrugada do dia 7 de abril, em Manaus. O caso, que chocou a sociedade local, expôs mais uma vez a realidade cruel da violência doméstica. Kaline, que mantinha um relacionamento de quase um ano com Diego, foi atacada dentro de um carro após uma discussão motivada por ciúmes. O estopim? Um vídeo nas redes sociais em que ela aparecia dançando com colegas de trabalho. “Ele não gostou, começou a me agredir ainda com o carro em movimento”, relatou a vítima ao portal CM7 Brasil, que tem acompanhado o caso com reportagens detalhadas das jornalistas Meriane Jeffreys e Andrezza Lira.
As consequências da agressão foram devastadoras: Kaline sofreu graves lesões no rosto, perdeu três dentes e agora enfrenta a necessidade de uma cirurgia reconstrutora. Mais do que as marcas físicas, a promotora carrega o peso emocional de um relacionamento marcado por episódios recorrentes de violência. “Essa não foi a primeira vez”, revelou ela, decidida a buscar justiça e romper o ciclo de abusos.
Diante de casos como o de Kaline, Adriane Magalhães reforça sua mensagem às mulheres: “Não normalizem homem gritar com vocês dentro de casa. ‘Você é doida, você é louca’ – não normalizem isso. Façam um boletim de ocorrência, guardem, vão fazendo até se sentirem seguras. Larguem esse homem e procurem alguém que vocês amem”. Com uma abordagem prática e acolhedora, ela oferece ajuda concreta, como custear um Uber para quem precisa ir à delegacia ou fugir de uma situação de risco. “É pro bono, não vou te cobrar nada, eu vou te ajudar”, garante.
A advogada também faz um apelo para que as mulheres despertem e saiam do “círculo vicioso” da violência. “A gente só tem uma vida para viver, e vocês não são gato para ter sete vidas. Vivam essa vida felizes, plenas, porque vocês são capazes”, enfatiza. Enquanto o caso de Kaline segue sob investigação policial, e Diego Damasceno permanece em silêncio, a atuação de Adriane e o apoio de figuras como Cileide Moussallem se tornam faróis de esperança para tantas outras que lutam por dignidade e liberdade.
A cobertura do caso de Kaline Milena pelo portal CM7 Brasil tem jogado luz sobre a gravidade da violência de gênero em Manaus, reacendendo o debate sobre a necessidade de proteção e apoio às vítimas. Para Adriane Magalhães, cada mulher que ela ajuda a se reerguer é uma vitória – e um lembrete de que, juntas, elas podem transformar vidas.
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