O dólar atingiu seu maior valor em uma semana frente ao iene nesta quarta-feira, após a divulgação de dados que mostram um aumento acima do esperado nos preços ao consumidor nos Estados Unidos em janeiro. Esse cenário eleva a probabilidade de que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros elevadas por um período mais prolongado, visando conter as pressões inflacionárias.
O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA registrou um aumento de 0,5% em janeiro, enquanto o núcleo do índice, que exclui alimentos e energia, subiu 0,4%. Ambos os resultados superaram as expectativas dos economistas, que previam um aumento de 0,3% para cada. Em termos anuais, o CPI geral avançou 3,0%, acima da projeção de 2,9%, e o núcleo teve alta de 3,3%, superando a estimativa de 3,1%.
"Independentemente do motivo da surpresa altista, o Fed tem sido muito claro ao afirmar que não cortará os juros até que a inflação esteja próxima de 2%", afirmou Adam Button, analista-chefe de câmbio da ForexLive.
Em reação aos dados, o dólar valorizou-se 1,29% frente à moeda japonesa, sendo negociado a 154,44 ienes. O iene é particularmente sensível às diferenças nas taxas de juros entre os Estados Unidos e o Japão. O índice do dólar, que mede a moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas, registrou uma leve alta de 0,02%, alcançando 107,95, após atingir anteriormente 108,52, seu pico em uma semana.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou nesta quarta-feira que o banco central não tem pressa em reduzir as taxas de juros, destacando que houve "grande progresso" no combate à inflação.
Operadores de juros futuros agora precificam 27 pontos-base de cortes até dezembro, uma redução em relação aos 37 pontos-base estimados antes da divulgação dos dados, indicando uma maior probabilidade de apenas um corte de 25 pontos-base no ano.
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